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"...Somos um grupo, temos uma história, queremos um destino..."

SCOUT



Todo escuteiro deve saber fazer Nós. Eles são essenciais para o acampamento e também para a vida do dia a dia. Um nó, para ser considerado bom deve satisfazer as seguintes condições:Simplicidade em ser feito; Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar e Facilidade em ser desatado.

A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba, que te ensine. Depois a prática fará o resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida.

Existem muitos nós, cada um com a sua utilidade diferente. Aprenda alguns dele abaixo:

Nó Simples
É a base da maioria de outros nós. Ele próprio é usado como um simples nó terminal na ponta de uma linha ou corda. Não é muito empregado por marinheiros por ser extremamente difícil de desfazer quando a corda está molhada. Se estiverem amarrados em objetos pequenos também podem ser difíceis de desfazer. Serve para aprendizado. É o nó mais usado por todos.

Nó Direito
Não escorrega nem aperta, sendo fácil de desata. Deve ser usado ao amarrar embrulhos, é valioso em primeiros socorros, etc. Para emendar ataduras e emendar cabos com o mesmo diâmetro, mesma espessura.




Nó Direito Alceado
Como o Nó Direito simples é utilizado para unir dois cabos da mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o nó quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não é permanente e precisará ser desfeito mais tarde. E é feito deixando-se uma alça em um dos chicotes bastando, então puxar uma das extremidades para que ele se disfaça.



Nó de Escota

Usado para ligar a escota à vela de um navio. Usado também para amarrar dois cabos de diâmetros igual ou desigual, ou para prender o cabo numa argola. É usado também no hasteamento de bandeiras, para amarrá-las.





Nó de Escota Alceado
 Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de desatar. é muito utilizado para prender bandeiras na adriça.


Nó de Correr
Útil para aplicação de força. Quanto mais se puxa, mais ele aperta. É usado para amarrar um cavalo a um poste. O nó escorrega, mas quando atado, se torna mais apertado. Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda, para apertar sempre que puxar.


Nó em Oito
Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas cordas (nó em oito duplo). Este nó é mais volumoso que o nó superior comum e muito mais fácil de ser desfeito, quando não for apertado demasiadamentre. É usado comumente sempre que queira criar uma protuberância numa corda, servindo perfeitamente quando se fizer necessária a fixação de uma corda em seu encaixe. Neste caso, o nó poderá ser empregado se não houver uma estaca ou outro local onde se amarra a corda.


Volta da Ribeira

 Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mantê-la sob tensão. Usado para transportar ou levantar vigas ou pedaços pesados de madeira.


Volta do Fiel

Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo. É o nó usado para amarrar as cordas das barracas, usa-se ainda para amarrar um cabo a uma estaca. Para amarrar o cabo à vara de madeira nos trabalhos de Pioneiria.


Catau
Muito importante para encurtar ou esticar um cabo frouxo, cujo dois extremos estejam presos, ou seja, reduz o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão. 


Nó Aselha

É usado para suspender prumo, formar uma alça fixa no meio de um cabo ou asa, ou destinado a pendurar um cabo. É dado na ponta de um cabo; não poderá receber esforço; pois será difícil de desfazer. Outras vezes é feito em ponto poído do cabo para substituir o catau.


Nó de Arnez

É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as pontas).
Balso pelo Seio

É o nó dado em cabos dobrados, de modo que fiquem duas alças firmes, usado em casos de salvamento, ficando as pontas do cabo livres para o trabalho de descer e guiar o paciente.



Nó de Pescador

Muito prático para ligar cabos finos e meio duros ou molhados, como linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.

Volta do Salteador

Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó. Nó utilizado para descer de um tronco com um dos cabos e desamarrar o nó com a outra ponta do cabo.



Nó de Frade

É usado para criar um tensor na corda. Pode servir para parar uma roldana ou auxiliar na subida de uma corda como nó de apoio (escadinha). Também pode ser usado para a transmissão de código morse.


Nó Fateixa
Útil por ser fácil de executar e não fugir sob qualquer esforço. Serve para prender um cabo a uma argola. É o nó que se faz para firmar um cabo em uma barra, num anél, para amarrações firmes, ou para prender a fateixa, que é âncora pequena como argola. O nó consiste em uma volta redonda com cotes, passando o primeiro por uma volta, para não apertar.












 
 
 
 
 
 
 
 
 










INFÂNCIA

Robert Stephnson Smith Baden Powell, BP, nasceu em Londres, a 22 de Fevereiro de 1857 e foi o 5º dos sete filhos. Seu pai, Reverendo H.G. Baden Powell era pastor da igreja anglicana e professor universitário, sua mãe, Henriqueta Smith era filha do Almirante Wiliam Smith. O pequeno BP conhecido entre os familiares e amigos por Ste, era uma criança magra, nervosa, rosto miúdo, inteligente e esperto.
(Família de Baden Powell. Ele é o último, em pé, na fila de trás)

O pai morreu quando BP tinha ainda 3 anos, ficando a sua mãe com 7 filhos para criar: o mais velho com 12 anos e o mais novo somente com um mês de vida.
Henriqueta não se assustara com esta difícil missão, assumindo o papel de mãe meiga, mas ao mesmo tempo enérgica e forte. Nos tempos livres ela gostava de levar os filhos a passear pelos bosques, explorando a natureza e descobrindo em conjunto os segredos dos animais de das plantas. Entregou a cada filho uma porção de horta para que a cultivassem; depois todos comiam o que cada um produzia.

O irmão mais velho de BP, Warington, era muito aventureiro levando muitas vezes o jovem Ste com ele. Recorda BP: “...à noite acampávamos ao ar livre e cozinhávamos as nossas refeições, adquirido os víveres nas fazendas e nos lugares por onde passávamos ... também pescávamos muito ”. BP regressava de férias com os joelhos arranhados, com calos nas mãos e os músculos fortalecidos, mas sobretudo com muitas aventuras vividas em contacto com a natureza e muitos conhecimentos e recordações da flora e da fauna da região.

VIDA ACADÉMICA

Logo na escola primária BP escreve a seguinte frase “Quando for grande farei com que os pobres sejam tão ricos como nós, eles devem, como nós, ter o direito à felicidade”.

Mais tarde Ste ingressa na escola de Chaterhouse (1870), em bolsa de estudo em Londres. BP era um aluno médio, mas com grande inclinação para o desenho, teatro, desporto (futebol) e ciências naturais. Ste, adorava passar horas na pequena mata de Chaterhouse a observar e conviver com os animais e com as plantas. 

Terminado o colégio BP tinha que escolher uma carreira. Com 19 anos sonhava com novas aventuras e viagens, quis por isso ser missionário; sua mãe foi claramente contra e conseguiu convence-lo a não o fazer. BP escolhe então a carreira militar.
(Baden Powell, o segundo a esquerda, 1874)


VIDA MILITAR

No exame de admissão para o exército, entre 700 candidatos, foi classificado em 2º lugar para cavalaria e em 4º lugar para infantaria. Devido a esta brilhante classificação ficou isento de treino militar, o que lhe deu dois anos de avanço.
Em 11 de Setembro de 1876, Baden Powell foi nomeado Sub-Tenente (Alferes) do regimento Hussards nº 13 que cumpria uma missão na Índia. Em 6 de Setembro do mesmo ano já estava em Bombaim. O seu desempenho neste regimento foi bastante bom e em 1883, com apenas 26 anos foi promovido a capitão.

Em 1886 partiu para a Rússia com o seu irmão, oficial da polícia escocesa, para serviço de espionagem militar, onde viveu inúmeras aventuras, tendo inclusivamente experimentado o cativeiro, do qual conseguiu escapar.
Em 1887, os Zulos revoltam-se e BP, nesse momento na África do Sul é escolhido para acompanhar o Major McKean numa missão com o objectivo de socorrer os ingleses e esmagar a revolta dos Zulos. Nessa sangrenta batalha com os Zulos, BP jamais esqueceria o INGONYAMA (o célebre coro dos zulos em marcha) e para sempre ficou marcado por aquele enorme massacre, onde a nobreza e a coragem dos zulos foi impotente contra o poder bélico britânico.
(Coronel Baden Powell)

Os feitos e as aventuras militares de BP não pararam, o seu sucesso com  as ferozes tribos dos guerreiros Achantis e com os selvagens Matabeles não deixou ninguém indiferente. Os indígenas tinham-lhe tanto medo que lhe chamaram IMPISA – o lobo que não dorme; por causa da sua audácia, da sua habilidade de explorador e da sua perícia em seguir pistas. As promoções de B-P, eram tão frequentes que em 1899, aos 32 anos era já coronel.

Em 1899 era grande a agitação na África do Sul. As relações entre os Ingleses e o Governo da república tinham chegado ao ponto de ruptura. B-P recebeu ordens para formar dois batalhões de carabineiros montados e dirigir-se a Mafeking, pois afirmava-se que "quem possuísse Mafeking teria nas mãos as rédeas da África do Sul".

A BP foi dada a missão de defender Mafeking dos Boers (colonos brancos da África do Sul de descendência holandesa). Quando começou o cerco desproporção de forças era enorme (1 para 9). Confrontado com esta escassez de efectivos, BP lembrou-se de utilizar em pequenas tarefas os rapazes e adolescentes a partir dos nove anos. 


Muitos deles tinham bicicletas e puderam servir de estafetas, mensageiros para a distribuição do correio, sentinelas e muitos outros serviços, que desempenhavam com coragem e grande risco. Os êxitos destes rapazes entusiasmou Baden Powell. 
 
Durante 217 dias BP defendeu Mafeking resistindo ao gigantesco cerco imposto pelos Boers, até que no dia 18 de Maio de 1900 lhe chegaram reforços. A cidade nunca foi tomada. BP era agora um herói militar conhecido em toda a Inglaterra. Com este retumbante sucesso, Baden Powell foi promovido a General com apenas 43 anos de Idade (O general mais novo do império).

ORIGEM DO ESCUTISMO
              
Foi como herói de homens e de rapazes que em 1901 regressou da África do Sul à Inglaterra, para ser cumulado de honras e para descobrir, com grande espanto seu, que a sua popularidade se estendera ao seu livro "Aids to Scouting", destinado ao exército. Estava a ser usado como livro de texto nas escolas masculinas.

BP viu nisto um chamamento especial. Compreendeu que tinha agora excelente ocasião para ajudar os rapazes da sua pátria a converterem-se em jovens fortes.
Se um livro para adultos sobre as actividades dos exploradores podia exercer tal atracção sobre os rapazes e servir-lhes de fonte de inspiração, outro livro, escrito especialmente para rapazes, poderia despertar muito maior interesse.

Pôs mãos à obra, aproveitando as suas experiências na Índia e na África, entre os Zulos e outras tribos selvagens. Reuniu uma biblioteca especial de livros, que leu, a respeito da educação dos rapazes através dos tempos.

Lenta e cuidadosamente BP foi desenvolvendo a ideia do escutismo. Para ter a certeza de que daria resultado, no verão de 1907 levou consigo um grupo de 20 rapazes para a Ilha de Brownsea, separados por 4 patrulhas (Maçarico- Real, Corvo, Lobo, Touro), para realizar o primeiro acampamento escutista de todos os tempos. Este acampamento foi um grande êxito.

A seguir nos primeiros meses de 1908, publicou em seis prestações quinzenais, ilustradas por ele próprio, o seu manual de instrução Escutismo para Rapazes, sem imaginar que este livro iria desencadear um movimento que haveria de afectar os rapazes do mundo inteiro.

Mal Escutismo para Rapazes começara a aparecer nas livrarias e nos quiosques, começaram a surgir patrulhas e grupos escutistas, não apenas na Inglaterra, mas em muitos outros países.

A obra cresceu cada vez mais e em 1910 tomara já tais proporções, que BP, compreendeu que o escutismo ia ser a obra da sua vida. Teve a visão e a fé de reconhecer que poderia fazer mais pela sua pátria educando os jovens formando-os como bons cidadãos, do que instruindo alguns homens para serem bons soldados.

Abandonou o exército e embarcou na sua segunda vida, como ele lhe chamava – vida de serviço para o mundo por meio do escutismo. A sua recompensa teve-a na expansão do escutismo, no amor e no respeito dos rapazes de todo o mundo.

Em 1912 empreendeu uma viagem à volta do mundo para visitar os escoteiros de muitos países. Foi este o primeiro começo da fraternidade mundial escutista. Em 1920, reuniram-se em Londres, vindos de todas as partes do mundo, muitos escoteiros para formarem a primeira reunião internacional escutista – o primeiro Jamboree mundial.


(Baden Powell conversando com um escuteiro)


(BP orientando Técnicas escutistas)
Na última noite desse Jamboree, em 6 de Agosto de, BP, foi proclamado Escuteiro Chefe Mundial. No dia em que o movimento escutista fez 21 anos de idade, contava mais de dois milhões de membros, em praticamente todos os países do mundo. Nessa altura BP recebeu do seu rei Jorge V, a honra do baronato com o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell…


(Baden Powell e Olave em 1929)

(Baden Powelll e sua familia)

(Baden Powell  e Olave numa audiencia papal, 1933)
(Baden Powell visita os escuteiros do Sudão, 1934)
(Baden Powell pintando, 1935)
(Baden Powell e a Rainha da Holanda, no 5ª Jamboree Mundial, 1937)

(Baden Powell com seus cães)

(BP, 1939)

(Baden Powell, 1940)
(Casa de Lord e Lady Powell) 


Quando finalmente, chegado aos 80 anos as forças lhe começaram a faltar, voltou para a sua terra amada em companhia de sua esposa, que fora colaboradora entusiástica de todos os seus trabalhos e que além disso, era Chefe Mundial das Guias – Obra também criada por Baden-Powell. Instalaram-se no Quénia, num lugar tranquilo, com um panorama maravilhoso coberto de florestas, montanhas e neve. Aí faleceu a 8 de Janeiro de 1941, com 83 anos de idade.

(Funeral de BP com honras militares e escutistas)
(Campa de BP)


Baden-Powell quis que os escuteiros tivessem uma saudação própria. Foi buscá-la aos costumes que tinha observado entre os povos habitantes das regiões por onde passou.


História

Em 1893, numa expedição à colónia britância da Costa do Ouro (África Ocidental), um dos Chefes veio ao encontro de BP e estendeu-lhe a mão esquerda. BP estendeu-lhe a mão direita, mas o Chefe disse-lhe: "Não, no meu país, ao mais bravo entre os bravos cumprimenta-se com a mão esquerda".
 
BP reparou que, enquanto o chefe lhe estendia a mão esquerda, levantava a direita aberta, por cima da cabeça, o que significava que era um amigo leal, pois a mão utilizada normalmente para segurar a arma estava vazia.

Saudação e cumprimento escutista

A saudação escutista faz-se levantando a mão direita, de palma para a frente, com o polegar apoiado na unha do dedo mindinho e os outros dedos apontados para cima.

Os 3 dedos lembram os 3 artigos da promessa e os 3 princípios. O dedo polegar apoiado sobre o mindinho significa o mais forte protege o mais fraco.




A canhota (aperto de mão) é feito com a mão esquerda para deixar a mão direita livre para fazer a saudação e porque é a mão do lado do coração, que é o símbolo da amizade. O dedos mindinhos entrelaçados permitem um aperto de mão mais forte, sinal de maior união, e simbolizam um abraço trocado entre escuteiros, como sinal de profunda amizade.

A saudação dos Lobitos

Os Lobitos têm uma forma especial de se saudarem. Pretende representar as orelhas de um lobo quando está atento, e os 2 artigos da Lei do Lobito. A posição do polegar sobre o anelar e o mindinho tem o mesmo significado que na saudação do resto dos escuteiros (o mais forte protege o mais fraco).


Ocasiões para se fazer a saudação


Os escuteiros devem-se saudar uns aos outros com a saudação e  cumprimento escutista. Sendo o primeiro escuteiro a ver o outro, o que saúda, independentemente da categoria, cargo ou posição.

Tipos de saudação


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